
Parceria entre PNUD e Sebrae possibilita criação de ferramentas digitais rumo à COP30
Soluções como o chatbot de IA Macaozinho e a plataforma digital Maloca ampliam participação de micro e pequenas empresas na COP em Belém
01/10/2025
Em uma era em que a inovação e a transformação digital impulsionam a mudança global em direção à sustentabilidade, as pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam desafios e oportunidades sem precedentes. Da inteligência artificial (IA) às plataformas digitais, novas ferramentas estão ajudando essas empresas a reduzir emissões, otimizar operações e aproveitar oportunidades de crescimento sustentável. Em uma ação oportuna antes da COP30, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Sebrae uniram forças para desenvolver soluções digitais adaptadas às necessidades específicas dessas empresas, oferecendo apoio prático no caminho para uma economia mais verde.
“O legado que queremos deixar vai muito além do evento. A COP30 é um marco, mas o que realmente importa é o que ela pode transformar de maneira permanente”, disse Décio Lima, presidente do Sebrae. “Queremos uma nova geração de pequenos negócios, mais conscientes, mais conectados ao seu território, mais preparados para os desafios e oportunidades de uma economia de baixo carbono. É uma oportunidade, pois o evento vai ocorrer no coração da Amazônia e vai servir de inspiração na geração de novos negócios sustentáveis em todos os sentidos.”
O Macaozinho, um chatbot de IA generativa especializado em informações sobre mudança global do clima e conferências como a COP30, é um dos frutos da parceria, podendo ser utilizado pelas PMEs para obter informações seguras e verificadas sobre mudança global do clima; identificar oportunidades como financiamentos e fundos disponíveis; e estabelecer conexões estratégicas entre essas organizações e redes cooperativas e investidores de impacto. Com o nome inspirado nas araras, aves símbolos do Brasil, ele se difere de outras IAs por ter sua base de dados formada essencialmente por documentos oficiais da ONU – o que o torna uma ferramenta mais confiável e imparcial para o uso de gestores de PMEs.
Décio Lima, presidente do Sebrae
Belém se prepara para a COP30
Além do Macaozinho, outra solução criada como resultado da aliança entre PNUD e Sebrae é a Maloca, uma plataforma digital para democratizar o acesso à COP30. “Nosso objetivo é contribuir para que a COP30 seja o ‘ponto de virada’ da comunidade internacional, projetando caminhos para aumentar a implementação de ações visando enfrentar o aquecimento global”, afirmou José Miguez, Coordenador Técnico do ‘Route to Belém’. Segundo ele, as ferramentas digitais como o Macaozinho e a Maloca pretendem aumentar o engajamento nos debates sobre mudança global do clima.
“A Maloca, por exemplo, permite que instituições em todo o planeta levem a COP30 para suas comunidades, escolas ou associações. E é preciso dizer que o desenvolvimento não só da Maloca mas da iniciativa ‘Route to Belém’ como um todo só é possível graças ao apoio de organizações como o Sebrae, que tem sido um parceiro estratégico rumo à COP30”, completa Miguez.
Sustentabilidade e inovação
Segundo dados do Sebrae, as PMEs representam 98% dos empreendimentos brasileiros, geram 72% dos empregos e 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, sendo indispensáveis em uma estratégia que seja eficiente para uma transição climática justa. “A inteligência artificial, a inovação, a sustentabilidade e a inclusão são conceitos que não têm mais volta e os pequenos negócios já estão inseridos nesta realidade”, afirmou Lima, ressaltando como a organização tem trabalhado para que os empreendedores estejam preparados para atender às demandas crescentes por soluções mais sustentáveis – garantindo sempre a preservação da qualidade de serviços, a identidade regional e o compromisso ambiental.
“Não é possível imaginarmos que a sustentabilidade não insira a pequena economia, que, no Brasil, representa 95% dos CNPJ”, disse Lima. “Precisamos ter a sustentabilidade como um valor permanente, porque não há mais espaço para uma economia que não seja sustentável e globalizada. Não podemos mais imaginar qualquer protagonismo econômico que não esteja inserido no contexto da tecnologia e da inovação. A sustentabilidade é a base de tudo aquilo que podemos construir, pois gera inclusão e oportunidades”, completa.
O presidente do Sebrae reforça o clima de otimismo diante da conferência do clima em Belém. “Estamos plenamente engajados na preparação das micro e pequenas empresas brasileiras para a COP30. O Sebrae tem atuado de forma estratégica para garantir que os pequenos negócios estejam não apenas presentes, mas sejam também protagonistas em um evento de tamanha importância global.”
